Parnamirim é uma cidade dinâmica. Sempre tem mudanças, sempre tem novidades, sempre tem inauguração de alguma coisa. O problema é que tudo que se inaugura vira lixo. Durante várias administrações Parnamirim aplaude festas de inaugurações eleitoreiras, o povo satisfeito com o “pão e circo” promovido pelos mais diversos políticos da cidade.
Há muitos anos atrás pudemos presenciar a criação de uma “praça labirinto” no centro da cidade, que prometia ter o formato de um avião, representando assim a importância da história da cidade na II Guerra Mundial.
A antiga praça do centro. Obra sem lógica, confusa, sem conforto algum.
A praça não agradou, foi demolida e deu lugar a uma praça de muito bom gosto em arborização, fonte e iluminação. O único problema é que já não é mais a mesma. Ou você ainda consegue ver a praça como na foto abaixo?
A nova praça é muito melhor… mas sem manutenção, já não é mais assim…
O mesmo abandono aconteceu com as passarelas que cruzam a BR101. A passarela da Cohabinal era lindíssima, com iluminação que dava boas vindas a quem vinha do sul da rodovia (São José de Mipibu, Monte Alegre, demais cidades de interior, João Pessoa, Recife…). Veja como era realmente linda:
Há um ano um acidente de trânsito torceu as ferragens da subida da passarela no lado da Av. Everaldo Breves. Já se aproxima o segundo aniversario e nada é feito. A iluminação esverdeada, um charme, já não existe. A iluminação dos cabos é precária, cheia de falhas (quando acende). Abaixo da passarela sofás velhos servem de escritório para os trabalhadores que exercem típicas funções de “chapa” (carregamento e descarregamento de mercadorias de caminhões).
Acidente já comemora quase dois anos….
Eis o que restou da iluminação…
Infelizmente não é um problema exclusivo da passarela acima. Todas carecem de iluminação, p que fazem delas um ambiente perfeito para a marginalidade. Muitos são os relatos de assaltos ao que se aventuram por ela, ao invés de arriscarem-se no meio do trânsito quem sabe até menos perigoso da rodovia federal.
Os moradores de Emaús acharam uma maneira irreverente de protestar contra o descaso da administração da cidade. Eles criaram o personagem “Zé Corrosão”, em protesto contra a ferrugem que toma conta da estrutura da passarela, além da falta de iluminação e fiação à mostra.
(foto de Joyce Rodrigues)
Recentemente tivemos a famosa apresentação da peça teatral “Nas Asas da História”, que fala sobre a trajetória histórica da cidade de Parnamirim. Poucas pessoas se mostraram surpresas ao fato de uma maquete do ainda em construção teatro municipal ter incluída na peça. A obra nem está pronta, e já virou história? Uma jogada “sutil” de mais uma manobra eleitoreira baseada na inauguração de novas obras.
Veja o tamanho do novo elefante branco de Parnamirim
As obras do teatro estão realmente aceleradas, mas na contramão do investimento nos tijolos e cimento, a prefeitura cortou grande parte da verba destinada à cultura, o que obriga a Fundação de Cultura a um planejamento mais tímido de suas apresentações, diminuindo o número de artistas contratados e até mesmo reaproveitando figurino e trilhas sonoras.
Sim, um teatro digno de uma administração exemplar, o que não é nosso caso. O resultado é previsto: Uma estrutura física sem investimento nas pessoas, sem manutenção alguma, com toda a promessa de se tornar mais um desperdício aos cofres públicos. Ou você já se esqueceu das imagens abaixo?
Aqui foram investidos mais de 3 milhões de reais
Uma árvore crescia na arquibancada
As fotos acima foi o que restou de uma construção destinada ao esporte da cidade. Três gestores. Três administrações. Um construiu, outro reformou e o outro ampliou. Mas de três milhões de reais escoados pelo ralo da má gestão do dinheiro público. A população é iludida, enganada, ludibriada. Agora se ergue ali, no cemitério da ineficiência, o teatro municipal.
E viva o Pão e Circo!
Fonte: www.diariodosol.com.br
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